Sinopsis
A obra cuja autoria é atribuída ao jornalista e abolicionista Pedro Nolasco Maciel, publicada, pela primeira vez, em 1899, sem indicação da tipografia e sem o nome de seu autor. Um retrato de Maceió com cores ficcionais, entretanto, com personagens bem reais. Segundo Moacir Medeiros de Sant’Ana, Nolasco pode ser considerado o precursor dos romances de costumes alagoanos. De fato, o núcleo principal da história é composto pela trama romântica de Manoel, jovem trabalhador, ingênuo e sério, completamente apaixonado – “estava no céu” – e iludido pelos “dentes alvos e as faces rosadas, levemente caiadas a ‘poudre-riz’” de Zulmira, na verdade uma “pimenta, menina quente, irrequieta e mal-educada”. Ao paralelo, Juquinha, um ex-namorado e amante, homem forte, sem-modos – o que atraía Zulmira –, caixeiro do Centro Comercial; a d.ª Maria, mãe de Zulmira, mulher ambiciosa e alcoviteira, “cínica [...] que arreganhava a boca sem dentes como um buraco de morcegos nas catacumbas do cemitério velho da Viçosa”, atenta a encontrar um futuro de segurança para si, por meio de bom compromisso da filha, sendo cúmplice de diversas artimanhas polvilhadas no enredo de encontros e desencontros de Traços ...