Sinopsis
Renina Katz é uma artista mutante. São tantas as vertentes de sua vasta produção que só assim parece ser possível defini-la. Há, porém, ao menos um ponto em comum em toda a sua obra, característica louvada pelos críticos desde o início de sua carreira, que já dura 60 anos: o grande apuro técnico, adquirido numa época em que a ambição de ser artista era acompanhada pelo desejo de uma formação rigorosa, moldada ainda por cânones clássicos.Essa formação rigorosa a artista obteve em sua cidade natal, o Rio de Janeiro, na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), onde ingressou aos 21 anos, em 1947. Na tradicional instituição carioca, ela se dedicou ao aprendizado da pintura e, não raras vezes, saiu pela cidade retratando as belas paisagens da capital fluminense. Não seria, porém, a formação pictórica o que marcaria sua trajetória. A gravura, que nem sequer constava como disciplina da ENBA, tomou-a meio de assalto e tornou-se para sempre seu principal meio de expressão. A pintura e a aquarela ressurgem vez ou outra em sua produção, mas sua identidade artística, desde os anos 1940, foi marcada pelo ofício de gravadora.