Oxigênio

Oxidoc: Estranha célula das entranhas

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Sinopsis

Um dia, a antropóloga Daniela Manica, hoje pesquisadora do Labjor/Unicamp, andava por São Paulo quando viu a seguinte frase pichada num muro: “Mulheres são estranhas, sangram pelas entranhas”. Naquela época, ela já pesquisava as relações entre cultura e natureza, gênero e medicina, fluidos corporais e tecnociência. E para ela, aquela frase no muro representava duas ideias: o estranhamento em relação ao corpo das mulheres, e a visão do útero e da menstruação como coisas assombrosas e repulsivas. Pensando sobre como a menstruação é percebida, a Daniela caiu numa outra possibilidade: a de ver e entender o sangue menstrual não como um dejeto e nem como indicativo de falha na reprodução - como muitas vezes ele é tratado -, mas como uma fonte de produção de sangue. E aí ela começou a olhar para o uso da menstruação na arte e na ciência. Uma das pesquisas que ela desenvolve atualmente reflete sobre o uso das células do sangue menstrual (CeSaM) em pesquisas com células-tronco, especificamente no Laboratório de Cardi