Podcast Cinem(ação)

A história de Hollywood é rica em ativismo e lutas trabalhistas, por isso não é incomum, de tempos em tempos, ouvirmos falar que trabalhadores da maior indústria cinematográfica do mundo estão entrando em greve e exigindo melhores condições para executar suas funções. Em 1960 a greve dos roteiristas parou o mercado durante 21 semanas, em 1980 foi a vez dos atores pararem por 95 dias suas atividades. Já em 2008 a greve de roteiristas teve um impacto de 2 bilhões de dólares na economia da Califórnia. Ou seja, tentar equilibrar a balança entre quem financia e quem realmente produz séries e filmes, é uma tarefa que se repete há vários anos. No entanto, em 2023, podemos estar vivendo a maior greve na história de Hollywood, isto porque, temos a união da greve dos atores e roteiristas acontecendo ao mesmo tempo. As reivindicações variam um pouco, mas passam por pontos em comum também, sobretudo nos aspectos dos residuais (pagamentos feitos toda vez que uma obra é exibida em algum lugar) e na inteligência artificial

Christopher Nolan está de volta aos cinemas com uma cinebiografia de J. Robert Oppenheimer, o homem que durante a Segunda Guerra Mundial, liderou uma equipe de cientistas no desenvolvimento da bomba atômica. Oppenheimer é dirigido e escrito por Nolan, e conta com a música de Ludwig Göransson e a fotografia de Hoyte van Hoytema. Além disso, com um elenco encabeçado por Cillian Murphy, Robert Downey Jr, Florence Pugh e Emily Blunt, o filme ainda conta com participações pesadíssimas de outros atores talentosíssimos, colocando a obra em um patamar novo na filmografia de Christopher. Conhecido por filmes complexos, Oppenheimer se propõe a contar uma história de uma forma pouco linear que envolve intrigas, guerra e muita ciência. Soma-se a isso, uma trilha sonora densa, que em poucas vezes dá trégua ao espectador, fazendo com que nós possamos sentir e entender os anseios e sentimentos do protagonista. Nolan mantém a complexidade elevada que tanto o caracterizou, assim como sua dificuldade de encaixar papéis feminin

A boneca Barbie foi um sucesso de vendas desde a sua criação em 1959. Chegou revolucionando o mercado e a sua criadora e co-fundadora da empresa Mattel, Ruth Handler, viu o brinquedo virar um ícone entre as crianças e o símbolo de uma era. 64 anos depois de sua criação, a boneca mais famosa do mundo ganhou um filme em live action! Barbie é dirigido e escrito por Greta Gerwig, e protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling. Além disso, o filme conta com a vencedora do Oscar, Jacqueline Durran, que é a responsável por toda a parte de figurino, algo que certamente a colocará no radar das premiações. Se fosse só pela qualidade dos atores, direção e figurino, o filme por si só já chamaria a atenção. Porém, com um texto irônico, atuações muito boas e toda a parte de design do filme sendo um deleite, Barbie, assim como no "mundo real", acaba virando tema para diversos assuntos. Neste longa metragem, o discurso sobre patriarcado, objetificação da mulher, capitalismo e propósito de vida surge com muita força e acaba

No dia do lançamento deste episódio, sexta-feira, 21 de Julho de 2023, o ator Robin Williams completaria 72 anos. Sua passagem por esse planeta se encerrou há 9 anos (2004) e até hoje ele deixa saudade. Depois de uma infância cheia de mudanças, Robin começou a fazer faculdade de artes cênicas em Marlin, para em seguida entrar em uma das mais conceituadas escolas de atuação: a Juilliard. Aluno aplicado, encantado com um novo mundo que se apresentava, o ator se formou e começou a se apresentar nos bares com improviso e stand-up para ganhar a vida. Foi no final dos anos 70 que Robin Williams foi chamado para estrelar uma série, que o colocou no centro das atenções em Hollywood. Com um talento nato para a comédia, piadas ácidas e uma velocidade de raciocínio impressionante, Robin logo ganhou seu lugar na indústria depois de fazer Bom Dia, Vietnã. A história do ator é contagiante, assim como sua personalidade, e neste episódio Rafael Arinelli recebe Cecília Barroso (Cenas de Cinema), Marina Menezes (Plano Sequênci

  Eles podem ter disfarçado no episódio 11, quando falaram sobre Os Banshees de Inisherin, mas ficou claro que os filmes de "bonequinhos" conquistaram o coração dos nossos apresentadores, e agora, eles chegam com Coringa (Joker). Brincadeiras a parte, Coringa vai muito além de um simples filme de ação. Com um ar autoral, por ter sido escrito e dirigido por Todd Phillips, o filme se aproveita de por ter um grande estúdio (Warner) nos bastidores para poder trabalhar em cada detalhe da produção. Trata-se de uma obra que pode ser vista uma dúzia de vezes, e ainda sim, nos surpreender. Editado por Jeff Groth, com direção de fotografia do excelente Lawrence Sher, outro nome que chama muito a atenção é de Hildur Guðnadóttir, a musicista responsável por dar um Oscar à Coringa, nos entrega uma trilha densa, complexa e muito sentimental.  Gustavo Reinecken e Duca Mendes se reunem mais uma vez para detalhar como Coringa consegue entregar um produto complexo e muito bem produzido, onde traz uma história com profundidade

Fazer documentário é uma arte íntima, contagiante e desafiadora, sobretudo no Brasil, onde as produções carecem de incentivos e passam por longos processos em editais e planejamento. Neste novo episódio do Cinem(ação), Rafael Arinelli recebe Beto Padreca (Miolos Fritos) para entrevistar o diretor, roteirista e escritor, Gustavo McNair (Kana Filmes) e o produtor executivo Filipe Machado (Kana Filmes) que chegam aos cinemas brasileiros com o seu primeiro longa-metragem: o documentário Môa Raiz Afro Mãe. Vamos entender os desafios que foram enfrentados pela produção para fazer um documentário que começou a ser feito em 2017, e que passou por pandemia, processo de edital, viagens a Salvador e o maior desafio de todos: o assassinato do principal personagem, o Mestre Môa do Katendê. Como produzir e entregar um longa-metragem que celebra a vida de uma figura tão pujante, que exalou cultura e brasilidade para o povo ao seu redor, e ao mesmo tempo, mostrar para o espectador que ele segue desconectado da sua própria hi

Já se pegou olhando para os créditos de um filme pensando que não entendeu o que acabou de acontecer, e recorreu a internet para tentar interpretar uma obra e desvendar os mistérios dessa jornada? Pois bem, você não foi o primeiro, nem o último a fazer isso, e em um mundo muito binário, onde amar e odiar é gatilho para brigas online, é chegada a hora de sentar e refletir um pouco sobre a maneira que consumimos, interpretamos e compartilhamos nossas impressões com os outros. Neste novo episódio, Rafael Arinelli recebe Anna Lívia (Quarta Parede), Nara Lívia (Bom Dia Bixa) e Claudio Gabriel (Senta Aí) para filosofar sobre a maneira de se interpretar filmes, ou não. Pois pensar em interpretar algo significa racionalizar um sentimento ou uma sensação, e muitas vezes, basta se permitir passar por ela. Filosófico, né? Pois vamos passar por Adorno, Heidegger, ensaios de filosofia, histórias particulares e risadas. Tudo para desmistificar a ideia de se interpretar um filme. 3m53: Pauta Principal1h11m26: Plano Detalhe

Martin McDonagh, diretor, roteirista e produtor de Os Banshees de Inisherin, nos conta uma história situada em uma pequena ilha na Irlanda, onde dois amigos refletem sobre suas existências e a amizade em si. Fazendo esse resumo, pode parecer uma história banal e até sem graça, mas é justamente nesse ponto que o filme acaba se revelando para nós. Com locações maravilhosas, estamos falando de uma história esquisita, que flerta com a comédia e com a melancolia. Além disso, traz um texto bastante afiado entregue para um elenco talentosíssimo, que cumpre bem a missão de ressaltar a estranheza. Além disso, Os Banshees de Inisherin trabalha com câmera e lente bastante tradicionais. Uma ironia frente a uma história tão caótica. Ou seja, já que a história que foge do ordinário, porque não a filmar da maneira mais clichê possível? Interessante! E não é só isso, Gustavo Reinecken e Duca Mendes vão analisar também o trabalho "invisível" de Mikkel E.G. Nielsen, editor de Os Banshees de Inisherin, que com sua preci

Há 20 anos, A Viagem de Chihiro chegava ao Brasil como o 10º longa metragem de Hayao Miyazaki. Com uma história profunda envolvendo conflitos geracionais, meio-ambiente, ancestralidade e maturidade, o filme nos apresenta um mundo com regras próprias que começam a ser questionadas pela delicadeza e gentileza de uma menina de 10 anos que só quer proteger quem ela ama e salvar sua família. Em A Viagem de Chihiro, Miyazaki explora nuances no amadurecimento das pessoas e nos revela detalhes da cultura japonesa que acaba se contrapondo ao maniqueísmo das histórias da Disney. Entender que nem sempre quem vemos como vilão é de todo ruim, ou que não há necessidade de um príncipe salvar uma princesa, é algo que pode parecer bobo, mas que aqui, envolvo pela cultura e religião japonesa, acaba se mostrando disruptivo e empátco. Rafael Arinelli recebe Ieda Marcondes, Thiago Muniz (Pipocas Club) e Carissa Vieira para conversar sobre tudo que A Viagem de Chihiro representou e ainda representa. Além disso, discutem como o xin

Em maio de 2023 James Gunn foi ao Twitter para dizer que o melhor filme do ano estava por vir: The Flash. Um mês depois o filme ganhou as telas do cinema, e vem sendo um fracasso em termos de bilheteria. Além das expectativas que pairavam ao redor do filme, por ser o primeiro da era Gunn na DCU, os fãs também estavam esperando uma reviravolta no universo dos heróis, já que tudo indica, que a Warner/DC vão trazer novos atores para viver personagens icônicos dos quadrinhos. Com um filme divertido, porém com uma história fraca e pouco inspirada, The Flash, proporciona ao público a diversão que se espera, porém, não traz nenhuma inovação, não constrói pontes com o futuro da DC, e ainda peca em uma narrativa sem senso de urgência. Com efeitos visuais que às vezes te expelem da história, o filme acerta em piadas que quebram tensões, e ainda conta com atuações muito boas de Ezra Miller e Michael Keaton. Rafael Arinelli recebe Carol Tomé (Akoni News), Ben-hur (Emerald Corp) e Henrique Rizatto, para debater e investig

Em meio a uma história de muita análise, discussão, reflexão, o Segundo Corte resolveu quebrar um paradigma e desvendar os mistérios de um filme de super-herói! Obviamente que precisava ser um filme minimamente curioso, empolgante e que fizesse nossos apresentadores extrair pensamento crítico de uma obra para vender bonecos. Por isso, The Batman foi escolhido para inaugurar essa categoria de filme. Gustavo Reinecken e Duca Mendes conversam sobre o filme que teve parte da sua pós-produção feita durante a pandemia. Dois editores com estilos e idades diferentes, que trabalharam se forma simultânea, e que propuseram montagens para cenas para que Matt Reeves pudesse escolher a melhor narrativa. Além disso, eles também passam pela sonorização, um dos pontos altos de The Batman, e discutem como a trilha sonora ajuda a traçar uma história de forma indireta, mas ao mesmo tempo, tão potente. Gostou de The Batman? Então venha ouvir sobre o filme em um episódio analítico, e com uma timeline repleta de cortes, como

Defina "plot twist". Uma reviravolta? Um acontecimento que muda o curso da narrativa? Ele precisa gerar surpresa? Existe plot twist ruim? Pode estar presente em qualquer tipo de obra? Deve estar presente em qualquer tipo de obra? No episódio de hoje, Rafael Arinelli recebeu Domenica Mendes (O Podcast é Delas), Amanda Barreiro (Perdidos na Estante) e Edu Sacer (Loggado) para tentar definir e exemplificar a aplicação de plot twist em filmes e séries. Além de tentar entender como o plot twist funciona, vamos relembrar momentos icônicos do cinema e apontar quais são as obras que tiveram momentos muito impactantes na história do cinema. Além disso, vamos discutir o conceito e entender se é aplicado em séries, reality shows e até em novelas! Por isso, vale ressaltar aqui, que o episódio poderá conter spoilers de obras antigas, no entanto, os próprios participantes avisam esse momento. Fique atento! Você tem um plot twist que ficou marcado na sua história? Quais foram os filmes que lhe entregaram essa técnica com qu

O segundo filme da saga Aranhaverso chegou e está levando o público ao delírio. Homem-Aranha: Através do Aranhaverso vai dar continuidade ao filme de 2018, quando fomos apresentados a Miles Morales e sua jornada como um novo herói do Brooklin. Desta vez, temos um aprofundamento a relação de Miles com Gwen Stacy, e como a Mulher-Aranha começa a fazer parte de uma sociedade secreta Aranha que inclui várias versões do super aracnídeo. Se a história é boa em Homem-Aranha: Através do Aranhaverso, a parte visual do filme é um deleite. Em 2018, Homem-Aranha no Aranhaverso, nos apresentou uma maneira de fazer animação que brincava entre o 2D e o 3D. Desta vez, a animação vai além. Não é só uma composição visual que dá corpo ao filme como um todo, mas o ambiente passa a refletir a emoção dos personagens, e cada novo Homem-Aranha que surge, tem uma característica própria. Para exemplificar isso, vale a pena ficar de olho no Spier-Punk, que além de uma personagem carismático, tem toda uma base própria de animação. Neste

Aftersun foi um filme muito pedido para que Gustavo Reinecken e Duca Mendes trouxessem no Segundo Corte. Não só pelo aspecto afetivo que invoca, mas também para que pudéssemos observar os detalhes na edição que tornam o filme tão amável. Lançado em 2022 e montado por Blair McClendon, Aftersun tem uma atmosfera noventista que tem sido muito usada no mercado audiovisual como um todo. Do formato da tela a maneira como o filme é filmado, nota-se claramente a intenção de remeter ao ambiente dos anos 90. Contudo, Blair faz uma mescla com recursos e técnicas muito atuais que ajudam a contar a história de uma menina e seu pai, pela ótica das lembranças dela. Um filme contido, simples, linear, mas que carrega em seu cerne uma familiaridade e uma proximidade com o público como poucos conseguem. Não à toa, os pedidos foram atendidos e nossos apresentadores finalmente vão analisar Aftersun! Vem ouvir! Ouça nosso Podcast também no: • Feed: http://bit.ly/feed-cinemacao• Apple Podcast: http://bit.ly/itunes-cinemacao•

Lançado em 1936, Tempos Modernos é uma daquelas obras que todo amante de cinema precisa assistir pelo menos uma vez. Escrito, dirigido e estrelado por Charles Chaplin, o filme conta a história de um operário de fábrica que após se submeter a condições severas em um trabalho acaba indo para um sanatório e saindo de lá, é preso por "liderar" um movimento de protesto trabalhista. Em paralelo a isso, uma jovem descontraída precisa lutar no dia a dia para manter a fome da sua família sanada. Tempos Modernos é uma reflexão profunda sobre a Grande Depressão e a desumanidade do capitalismo e da industrialização. O filme busca de forma leve e irônica questionar a própria estrutura social na qual somos inseridos, sobretudo para a classe trabalhadora.. Rafael Arinelli recebe Carissa Vieira (Youtube), Diego Quaglia (Fiz Cinema) e Camila Henriques (Cine Set e Sábado sem legenda) para desbravar uma das obras-primas de Chaplin e tentar entender como a visão de cinema do grande diretor e sua vivência pessoal deu a Tempos Mod

Fruto da reivindicação da sociedade civil e da situação alarmante do setor cultural, a Lei Paulo Gustavo foi aprovada durante a pandemia de Covid-19 que afetou gravemente o setor. No entanto, o antigo governo enrolou para colocar a lei em vigor e só agora, praticamente na metade de 2023, ela finalmente foi lançada. Além disso, a Lei ganhou este nome como uma homenagem ao artista Paulo Gustavo, que foi vítima da doença e se tornou um símbolo dessa categoria. Com a lei ativa, e as prefeituras fazendo consultas públicas para entender a necessidade do setor, começou a aparecer uma série de dúvidas que começam a ser questionada pela população. Em busca de evitar a distorção que houve com a Lei Rouanet, o MinC tem feito um esforço grande, sobretudo no instagram, para deixar muito claro como a Lei Paulo Gustavo funcionará e como ter acesso a ela. Hoje, Rafael Arinelli recebe Beto Padreca (42 Filmes), Marina Rodrigues (Simplificando Cinema) e Lawrence Garcia (Povo da Cultura) para entender o histórico da lei, sua apl

Close é um filme sensível, que fala essencialmente sobre amor. No entanto, quando observamos o trabalho de Alain Dessauvage, montador do filme, é possível entender de forma mais completa as intenções e direções que o filme quer nos apresentar. Além da montagem, outros aspectos chamam a atenção, um deles é o trabalho de Laurens Orij, que é o colorista do filme. Isto porque, é nítido o uso de cores vibrantes e a sensação de vitalidade que isso traz. Isso fica ainda mais claro, quando o nome de Laurens aparece no começo dos créditos de Close, um espaço nobre no final do filme. Outro momento interessante é como Frank van den Eeden, Diretor de Fotografia, trabalha com os enquadramentos fechados e trabalhando constantemente o foco no personagem principal. Qual é a sua intenção? Porque esse tipo de enquadramento é relevante? Gustavo Reinecken e Duca Mendes vão explorar as nuances e toda a técnica empregada em Close. Um dos filmes mais queridinhos de 2022, que concorreu ao Oscar 2022 por Melhor Filme Estrangeiro é ob

Dirigido por Claudio Borrelli, roteirizado por Mercedes Gamero, Claudio Borrelli e Cripta Djan e com produção executiva de Fernando Meirelles, está para chegar nos cinemas, no dia 01 de Junho, o filme Urubus, uma crônica que retrata o cotidiano pessoal dos pichadores de São Paulo. Com um elenco de "não-atores" e um trabalho profundo conduzido por Fátima Toledo, nós mergulhamos em uma história vivida por Trinchas (Gustavo Garcez), um rapaz que comanda um grupo de pichadores e que começa a se relacionar com a estudante de arte chamada Valéria (Bella Camero). Com o objetivo de demonstrar sua revolta com as condições sociais e estruturais da sociedade, o grupo resolve invadir a 28ª Bienal de São Paulo, o que acaba por chamar a atenção da mídia e do mundo da arte. Urubus é essa crônica urbana da periferia paulista que tem como ponto de contato a pichação, e certamente traz muita coisa para ser analisada para além do que vemos em tela. Para isso, Rafael Arinelli recebe Fernando Machado (ArteCines e Plano Sequência)

Chegou a hora de se despedir. Não é só um adeus aos Guardiões da Galáxia, mas ao seu criador, idealizador, roteirista e diretor, James Gunn. Gunn está de residência nova e trata-se da DC, lá ele promete colocar ordem na casa, mas sobretudo, deixar clara sua visão de cinema para filmes de super-herói. E certamente Guardiões da Galáxia Vol. 3 carrega em si esse sentimento de despedida, porém traz a essência do que James fez com a franquia. Peter Quill, Gamora, Nebula, Groot, Drax, Mantis e Rocket se reúnem novamente para enfrentar o Alto Evolucionário. O coração da história passa justamente pelo guaxinim mais famoso do cinema, no entanto, o roteiro se propõe a discutir sobre relacionamentos, amizades, família, perdas e reconstruções. Rafael Arinelli recebe Camila Henriques (Cine Set e Sábado Sem Legenda) e Cauê Petito (Cinem(ação) e Cinephenomena) para debater tudo que Guardiões da Galáxia Vol. 3 nos entregou no último filme de James Gunn no universo do Marvel. 3m03: Pauta Principal1h21m25: Plano Detalhe1h33m5

Cidadão Kane é um daqueles clássicos do cinema que estão entre os filmes que precisam ser assistidos por aquelas pessoas que querem estudar a sétima arte. Mas para além disso, o filme de Orson Welles, de 1941 traz elementos e inovações que talvez hoje em dia com o distanciamento histórico, seja mais fácil de captar. Robert Wise, o editor/motador de Cidadão Kane, fez esse filme quando tinha apenas 27 anos. E para além das inovações e mensagens colocadas na obra, o próprio filme surge em um momento em que o cinema ainda passava por um amadurecimento. Posicionar todos esses elementos e re-assistir ao filme, certamente ajuda a entender um pouco mais da magnitude da obra. A estética, as mensagens no subtexto, a subversão, enfim, inúmeros são os momentos que Cidadão Kane acaba marcando seu nome na história do cinema e de uma certa forma, cria um padrão ou uma forma de fazer filme que é muito única. Gustavo Reinecken e Duca Mendes resolvem desbravar esse clássico com o respeito e o deslocamento temporal necessário p